INDEPENDÊNCIA e GUERRA DE SECESSÃO (Leitura Complementar)
A INDEPENDÊNCIA
O processo de independência dos Estados Unidos da América, teve, além da influência do ILUMINISMO (Movimento que defendia a Igualdade, a Liberdade e a Fraternidade), várias outras causas que justificaram este seu processo de independência.
Esse ARROCHO COLONIAL INGLÊS se dá em virtude da grande onerosidade causada pela guerra trazendo grande problema financeiro mesmo com a vitória Inglesa. Desta forma inicia o chamado ARROCHO DO PACTO COLONIAL, aumentando o cerco colonial e o PACTO METROPOLITANO (já vimos), entre os colonos do Norte e do Sul[1].
Especialmente a Lei do Chá vai trazer desagravo para os comerciantes locais que vão se sentir prejudicados e isso vai gerar enorme tensão social entre estes comerciantes (colonos americanos) e a Metrópole Inglesa.
Como exemplo das proporções que essa tensão acabou por tomar citamos o famoso INCIDENTE DO PORTO DE BOSTON, onde alguns comerciantes, fantasiados de índios, atacaram navios que estavam transportando chá para a América, acabando por jogar ao mar toda sua carga.
Por conta desse acontecimento a Inglaterra vai adotar novo conjunto de leis aumentando ainda mais o “PACTO COLONIAL”. São as chamadas “LEIS INTOLERÁVEIS”.
Devemos recordar que existia, na época, o chamado COMÉRCIO TRINAGULAR que consistia nas trocas comerciais entre as Colônias do Norte que enviava às Antilhas roupas, alimentos e madeira, a as Antilhas que trocava o Rum por ouro e negros na África, enviando-os, os negros, para as Colônias do Sul como escravos e o ouro e melaço para as Colônias do Norte.
Esse comércio triangular era o centro dinâmico da economia do Norte, assim, o fechamento do Porto de Boston acaba por acelerar as tensões sociais entre os Colonos e a Metrópole. Como resultado dessas tensões ocorrem as famosas reuniões da Filadélfia.
1º CONGRESSO CONTINENTAL DA FILADÉLFIA (1774)
Ainda tinha caráter separatista
2º CONGRESSO CONTINENTAL DA FILADÉLFIA (1775)
Este sim com claro caráter separatista
No ano seguinte, THOMAS JEFFERSON, SAMUEL ADAMS, THOMAS PEN, entre outros redigem a DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA.
A Inglaterra não aceitou pacificamente o fato e enviou sua Armada para reverter a situação, ocorrendo, no entanto, a participação da França em favor dos Colonos Separatistas na chamada “GUERRA DE INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS INGLESAS NA AMÉRICA DO NORTE”.
Após a guerra pela Independência Americana, em 1777 é criada a 1ª CONSTITUIÇÃO NORTE AMERICANA.
Após a consolidação da Independência, inicia-se um novo processo que vai contribuir para a ampliação dos Estados Norte-Americanos, ou seja, o processo de expansão territorial.
Das antigas Treze Colônias localizadas a Leste (Oceano Atlântico) da América do Norte, ocorre a conquistas de novos territórios em direção ao Oeste (Oceano Pacífico). Isso se dá não só por conquistas, mas também por cessões de territórios pela Grã-Bretanha, França, Espanha e México. A este processo se deu o nome de “CORRIDA PARA O OESTE”, isso para cumprir o que se chamou de “DESTINO MANIFESTO”.
Segundo os Colonos pioneiros era uma vontade Divina (Manifestada por Deus), que do Atlântico ao Pacífico fosse uma só civilização branca de cultura Anglo-Saxônica. Além desses fatores, outros contribuíram para o processo de expansão territorial norte-americano:
Essa mesma expansão territorial também vai acabar contribuindo para um segundo processo muito mais importante na história norte-americana, sendo chamado de “A 2ª REVOLUÇÃO AMERICANA” – A GUERRA DE SECESSÃO.
A GUERRA DE SECESSÃO
Os motivos que levaram a esse acontecimento remontam ao princípio da Colonização Inglesa nas Treze Colônias.
Lembremo-nos que no Norte e na parte central do litoral leste da América do Norte desenvolveram-se as “Colônias de Povoamento” (pequenas propriedades, comércio, mercado interno e desenvolvimento da burguesia mercantil), e ao Sul as “Colônias de Exploração” (Latifúndios de monoculturas e escravocratas).
Essas diferenças entre o Norte e o Sul estão na raiz da Guerra de Secessão, porém , outros elementos podem ser observados:
Na verdade, a questão da escravidão tinha outro enfoque além dos ideais de liberdade. Ocorria que o Norte, já bem desenvolvido, necessitava ampliar o mercado consumidor e como o escravo não recebia salário não era consumidor. Sabemos que o Sul desde sua origem como Colônia de Exploração adotava a mão-de-obra escrava.
Essa questão da escravidão vai atingir seu clímax a partir de 1860 com a eleição de Abraham Lincoln[2] como Presidente dos EUA, porém este representava, na realidade, os interesses do Norte. No mesmo ano a Carolina do Norte declara sua separação, iniciando a Confederação dos Estados Americanos, e este fato deu origem a Guerra de Secessão, de um lado, os Estados do Norte contrários a Secessão vão formar a chamada UNIÃO, e de outro, os Estados do SUL favoráveis vão ser chamados de CONFEDERADOS. Seus Exércitos vão entrar em conflito em 1861 até 1865.
Essa guerra civil vai trazer uma série de consequências para os EUA. Além de um elevado número de mortos (400.000 aproximadamente), também vai ser considerada como a 1ª GUERRA MODERNA, muito parecida com o que ocorreu na 1ª GUERRA MUNDIAL que viria ocorrer na Europa mais tarde.
A vitória do Norte manteve a união dos EUA, vitória esta que contava com apoio de Nações Estrangeiras (já que estas também tinham interesses no mercado consumidor), também, porque combatia a escravidão, recebeu apoio de grande parte da população sulista e dos próprios escravos.
Assim, com a vitória, o Norte inicia o grande processo de industrialização dos EUA.
O PROTECIONISMO ECONÔMICO adotado pelo Norte objetivava garantir o mercado consumidor e o desenvolvimento interno da industrialização que vai caracterizar na formação de uma grande potência na América. É a formação dos CARTÉIS, dos TRUSTES, das GRANDES EMPRESAS, para controlar o mercado e a distribuição de produtos neste mercado.
A partir de então os EUA iniciam uma política externa de IMPERIALISMO NA AMÉRICA, para conquistar e ampliar mercados consumidores. É a famosa DOUTRINA MONROE – “A América para os Americanos”, que na verdade se transformou em “A América para os Norte-Americanos”.
Essa política imperialista vai transformar os EUA numa grande potência já no final do Século XIX na América e, após a Primeira Guerra Mundial, já despontando como grande potência Internacional.
Fontes:
KARNAL, Leandro. História dos Estados Unidos. São Paulo: Editora Contexto, 2007 Disponível em:
http://www.infoescola.com/historia/guerra-de-secessao/
SOUSA, Rainer Gonçalves. “Guerra de Secessão”; Brasil Escola.
disponível em: http://www.brasilescola.com/historiag/guerra-secessao.htm http://educacao.globo.com/artigo/guerra-de-secessao-dos-estados-unidos.html
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=207
TV Cultura Aulas de História Mundial entre ouras
[1] A Expansão Norte Americana No Século XIX – TrabalhosFeitos.com, https://www.trabalhosfeitos.com/categoria/a-expansao-norte-americana-no-seculo-xix/436962/37.html.
[2] Abraham Lincoln (Hodgenville, 12 de fevereiro de 1809 — Washington, DC, 15 de abril de 1865) foi um advogado e político estadunidense. Foi o décimo sexto presidente dos Estados Unidos da América, de 1861 a 1865, sendo o primeiro presidente eleito pelo Partido Republicano.
Lincoln nasceu exatamente no mesmo dia de Charles Darwin, e faleceu exatamente 17 anos e um dia antes dele. Décimo-sexto presidente dos Estados Unidos, eleito em 4 de março de 1861, foi reeleito em 1864, e governou até 1865, quando foi assassinado. Sua eleição para a presidência dos Estados Unidos, em 1860, provocou manifestações que levariam à Guerra de Secessão. Soube preservar a unidade do país durante essa guerra civil.
Muitos dos seus discursos e trabalhos escritos constituem um depoimento clássico sobre os ideais e objetivos democráticos. Lincoln foi o primeiro presidente eleito pelo Partido Republicano. Após o seu assassinato, sucedeu-lhe no cargo o vice-presidente Andrew Johnson. O povo norte-americano pouco sabia a respeito de Lincoln quando ele assumiu a Presidência. Nada em sua experiência passada indicava que poderia enfrentar com êxito a maior crise da história do país. Lincoln recebeu menos de 40% da votação popular. Como presidente, foi muitas vezes negligente e pouco eficiente, cedendo a pressões políticas.
Mas essas falhas têm pouca importância quando comparadas aos seus grandes méritos. Sua maior qualidade residia na capacidade de compreender os problemas mais graves. No início da Guerra de Secessão, Lincoln percebeu a necessidade de preservar a unidade política do país.
Outra grande qualidade de Lincoln era a habilidade que possuía para expressar suas convicções de uma maneira tão clara e vigorosa que milhões de compatriotas seus acabaram por aderir às mesmas. Além desse fato, grande parte da sua força provinha de sua vontade férrea. A Guerra de Secessão tinha de prosseguir até que a unidade política do país fosse restaurada. Caso não tivesse sido conservada, os EUA ter-se-iam dividido em duas nações. Lincoln influenciou o curso da história mundial ao assumir a liderança do Norte durante a Guerra de Secessão. A vida nos EUA, durante o governo de Lincoln, girou quase que exclusivamente em torno da Guerra de Secessão. Os pioneiros afluíam às fronteiras do oeste e as cidades mineiras surgiam de um dia para outro. O governo concedeu fazendas aos colonos e reservou terras para escolas que mais tarde tornaram-se universidades estaduais. (Fonte Wikipédia – http://pt.wikipedia.org/wiki/Abraham_Lincoln)
Pesquisa e compilação – Prof. Artur Cristiano Arantes
Homepage – https://professorarturarantes.com/
