Pitacos de História Geral Revolução Industrial e Socialismo

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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL e SOCIALISMO

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Trataremos agora da chamada Revolução Industrial e de suas conseqüências direta no plano ideológico desta revolução – O SOCIALISMO.

Trata-se, conceitualmente, de uma série de transformações que a sociedade da época enfrenta. É a troca da energia física que dá lugar a energia mecânica, ou seja, o trabalho da manufatura passa a ser realizado em fábricas. E é a esse conjunto de transformações que se designa Revolução Industrial.

Essa Revolução tem por berço inicial a Inglaterra pelas condições que ela possuía, quais sejam:

Acúmulo de capitais em virtude de ter sido a Inglaterra a Nação que mais se beneficiou do Mercantilismo. A partir da exploração colonial (América do Norte) a Inglaterra se enriquece, sem contar que o Período de Oliver Cromwerel que contribuiu para esse processo de acumulação de capitais.

A Inglaterra era, no final do século XVII, início do século XVIII, a única Nação onde a Burguesia ocupava o Poder Político – Revolução Gloriosa e Estado Liberal Burguês (já vimos).

Mão-de-Obra disponível resultante do processo de cercamento, ou seja, a substituição da agricultura pela atividade pastoril. Quando pensamos em atividade agrícola de logo imaginamos a necessidade de grande número de pessoas envolvidas (pessoas ligadas ao campo); porém, quando se trata de atividade pastoril e cercamento dos campos (daí o nome “Lei do Cercamento”), para a criação de ovelhas, não é mais necessário grande número de pessoas, ocorre, então, o chamado Êxodo Rural (Campo è Cidades) e aqueles que vão para as cidades vão se transformar em força de trabalho para a indústria.

Indústria essa, que num primeiro momento tinha como força motriz o vapor, daí a importância das Jazidas de Carvão. E é por isso que a Inglaterra foi o berço da Revolução Industrial.

Essa revolução vai passar por duas etapas: A primeira fase se limita a própria Inglaterra e em um segundo momento ocorre a difusão desse processo.

Os principais teóricos desta fase são: ADAN SMITH[1] (A Riqueza das Nações), considerado o “Pai da Economia Moderna”, defensor do liberalismo e da propriedade privada.

DAVID RICARDO, que vai defender a tese do “salário-mínimo” (mínimo mesmo), ou seja, o trabalhador deveria receber apenas o salário que servisse para seu sustento, auxiliando, assim, a riqueza da burguesia.[2]

No século XIX ocorre um segundo processo de industrialização:

MONOPOLISTA porque não vai mais haver concorrência, vão surgir os grandes grupos econômicos – CARTÉIS tipicamente na Alemanha e TRUSTES principalmente nos EUA – grandes conglomerados com objetivo de dominar o mercado consumidor e fornecedor.

Nessa segunda fase a Revolução Industrial vai acarretar conseqüências econômicas, políticas, sociais e culturais.

A questão social aparece porque com a industrialização vão se constituir as duas principais Classes do Capitalismo Moderno.

De um lado a Burguesia Industrial Capitalista, que é a proprietária dos meios de produção (máquinas e fábricas) e de outro lado, a Classe Trabalhadora, o operário, o Proletariado, que não é dono de nada, a não ser de sua força de trabalho, que por sua vez é “vendida” a baixos preços. Esse trabalhador chegava a trabalhar 16 a 18 horas por dia.

É contra esse estado, contra essa situação, contra essa exploração de uma classe por outra, sendo que uma delas produz riqueza, mas não compartilha da mesma, que se desenvolve as IDÉIAS SOCIALISTAS.

O SOCIALISMO

1 – Socialismo Utópico

2 – Socialismo Científico

3 – Anarquismo

 Socialismo Utópico

SAINT-SIMON[3], um dos principais nomes do Socialismo Utópico. Utópico porque os primeiros socialistas não vão conseguir identificar na classe trabalhadora, no Proletariado, uma classe revolucionária. Utópico também porque eles propunham reformas pensando em um socialismo no futuro. Eles vão contribuir enormemente para as bases do Socialismo Moderno.

 Socialismo Científico

Científico porque já não se pensava, mas “para o futuro”, a sociedade tinha que mudar imediatamente e o Proletariado, no Socialismo Científico era identificada como classe revolucionária.

Seus idealizadores, FRIEDRICH ENGELS[4]e KARL MARX[5], em 1848, Primavera dos Povos lançam o MANIFESTO COMUNISTA e neste as idéias do socialismo revolucionário.

A Burguesia do século XVI ao século XVIII foi a classe evolucionária, vindo a acabar com o Absolutismo Monárquico (como vimos). Marx e Engels utilizaram esse fervor revolucionário com a classe trabalhadora, ou seja, revolucionar – mudar a sociedade imediatamente.

Em um primeiro momento, realizada a Revolução Socialista, extinguindo as propriedades do meio de produção, o Proletariado criaria um Estado Socialista a partir da Ditadura do Proletariado, e a idéia básica deste socialismo era o Internacionalismo Operário.

Percebamos que é uma oposição ao principal conceito burguês (Nacionalista). O Manifesto Comunista encerra da seguinte forma: Proletários de todo o Mundo uni-vos(Internacionalismo), reafirmando sua base (Socialismo Científico).

Além dessas ideias, resumidamente acima expostas, outras questões também se desenvolveram.

A Igreja Católica, a partir do século XIX começa a se posicionar politicamente. Ela critica o Capitalismo, critica a exploração de uma classe sobre outra, mas também, critica a Luta de Classes, critica a Ditadura do Proletariado. Ela, então, vai buscar um meio termo, através do SOCIALISMO CRISTÃO (Leão XIII e a RERUN NOVARUM[6]). A partir daí a Igreja se posiciona diante da questão social.

O Socialismo Cristão é caracterizado pela harmonia entre classes, assim, o trabalhador evitaria fazer greve, evitaria o confronto, e a classe patronal evitaria explorar a classe trabalhadora. Esses trabalhadores vão ser estimulados a formar sindicatos. SINDICALISMO (Antonio Labriola[7] e George Sorel[8])

 ANARQUISMO

Os Anarquistas farão uma crítica radical condenando não apenas a propriedade privada, mas também a existência de todo e qualquer Estado, toda e qualquer forma de poder. Na visão dos Anarquistas, a desigualdade social  não estava associada apenas a existência da propriedade privada, para eles, a desigualdade social estava relacionada também com a existência de um Estado, de um Poder. Assim, enquanto houver um Estado, haveria um grupo que dominaria outro, portanto, questionavam o poder e qualquer tipo de Estado.

Todas essas ideais, tanto o Socialismo Utópico, como o Socialismo Científico e o Anarquismo vão estar presentes nas famosas revoluções do século XIX – 1830 e 1848 (A PRIMAVERA DOS POVOS) – é onde a os ideais socialistas tomam corpo pela primeira vez.

CONTINUAREMOS……

Fonte – TV Cultura Aulas de História Mundial + notas de rodapé

Pesquisa, Compilação e Adaptação – Prof. Artur Cristiano Arantes

                                        Homepage – https://professorarturarantes.com/


[1] Adam Smith, foi um economista e filósofo escocês. Teve como cenário para a sua vida o atribulado século das Luzes, o século XVIII.

É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico. Autor de Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações, a sua obra mais conhecida, e que continua sendo como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos apenas pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica.

Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar “não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu “auto-interesse”.

Assim acreditava que a iniciativa privada deveria ser deixada agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria forçosamente não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o custo de produção e vencer os competidores.

Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: “Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade.” Como resultado da atuação dessa mão invisível“, o preço das mercadorias deveria descer e os salários deveriam subir.

As doutrinas de Adam Smith exerceram uma rápida e intensa influência na burguesia (comerciantes, industriais e financistas), pois queriam acabar com os direitos feudais e com o mercantilismo (FONTE Wikipédia)

 [2] Contribuições teóricas

Considerado como um dos fundadores da escola clássica inglesa da economia política, juntamente com Adam Smith e Thomas Malthus, as suas obras mais destacadas incluem:

1 – O alto preço do ouro, uma prova da depreciação das notas bancárias (The high price of bullion, a proof of the depreciation of bank notes), em 1810;

2 – Ensaio sobre a influência de um baixo preço do cereal sobre os lucros do capital (Essay on the influence of a low price of corn on the profits of stock), em 1815;

3 – Princípios da economia política e tributação (Principles of political economy and taxation), em 1817 (reeditado em 1819 e 1821).

David Ricardo exerceu uma grande influência tanto sobre os economistas neoclássicos, como sobre os economistas marxistas, o que revela sua importância para o desenvolvimento da ciência econômica. Os temas presentes em suas obras incluem a teoria do valor-trabalho, a teoria da distribuição (as relações entre o lucro e os salários), o comércio internacional, temas monetários.

A principal questão levantada por Ricardo nessa obra se trata da distribuição do produto gerado pelo trabalho na sociedade. Isto é, segundo Ricardo, a aplicação conjunta de trabalho, maquinaria e capital no processo produtivo gera um produto, o qual se divide entre as três classes da sociedade: proprietários de terra (sob a forma de renda da terra), trabalhadores assalariados (sob a forma de salários) e os arrendatários capitalistas (sob a forma de lucros do capital). O papel da ciência econômica seria, então, determinar as leis naturais que orientam essa distribuição, como modo de análise das perspectivas atuais da situação econômica, sem perder a preocupação com o crescimento em longo prazo.

A sua teoria das vantagens comparativas constitui a base essencial da teoria do comércio internacional. Demonstrou que duas nações podem beneficiar-se do comércio livre, mesmo que uma nação seja menos eficiente na produção de todos os tipos de bens do que o seu parceiro comercial. Pois, Ricardo defendia que nem a quantidade de dinheiro em um país nem o valor monetário desse dinheiro era o maior determinante para a riqueza de uma nação. Segundo o autor, uma nação é rica em razão da abundância de mercadorias que contribuam para a comodidade e o bem-estar de seus habitantes. Ao apresentar esta teoria, usou o comércio entre Portugal e Inglaterra como exemplo demonstrativo.

[3] Para este autor, Saint-Simon, o avanço da ciência determinava a mudança político-social, além da moral e da religião. É considerado o precursor do Socialismo, pois, no futuro, a sociedade seria basicamente formada por cientistas e industriais. O pensamento Saint-simoniano pode ser visto nas obras de 1807 a 1821, com o lema: “a cada um segundo sua capacidade, a cada capacidade segundo seu trabalho”.

Em um dos seus primeiros livros, Lettres d’un habitant de Genève à ses contemporains, publicado em 1803, ele propõe que os cientistas tomem o lugar dos padres para conduzir a era Moderna. A violência da guerra napoleônica leva-o a se abrigar no Cristianismo, e de uma base Cristã construir as bases para uma sociedade socialista. Previu a industrialização da Europa e sugere uma união entre as nações para acabar com as guerras.

Quando Saint-Simon falou sobre a nova sociedade, imaginou uma imensa fábrica, na qual substituiria a exploração do homem pelo homem para uma administração coletiva. Assim, a propriedade privada não caberia mais nesse novo sistema industrial. Vale notar que existiria uma pequena desigualdade e a sociedade seria perfeita depois de reformar o Cristianismo. Ainda disse que o homem não é apenas algo passivo na História, pois sempre procura alterar o meio social no qual está inserido. Essas alterações são importantes para que a sociedade seja desmembrada, quando esta sociedade funciona dentro das normas que a ela correspondam, pois não é possível colocar uma regra de uma sociedade em outra.

A regra deve combinar com a estrutura para que a sociedade industrial se desenvolva. Saint-Simon ainda mantém a idéia de uma sociedade hierarquizada, por isso a desigualdade, pois no topo estariam os diretores da indústria e de produção, engenheiros, artistas e os cientistas; na parte de baixo estariam os trabalhadores responsáveis pela execução dos projetos feito pelos inventores e diretores. Com isso, acaba prevendo o grau máximo da capacidade de produção. Este foi o primeiro a perceber que o conflito de classes estava relacionado com a economia e que seria nas mãos dos trabalhadores que o futuro seria construído, mas guiados por alguém.

Pode-se perceber que Saint-Simon estava adquirindo uma concepção anti-igualitária e antidemocrática, em se tratando do seu aspecto religioso, pois falava que todos os homens deveriam ter os mesmos princípios. Por isso, o “novo Cristianismo” substituiria o “Cristianismo degenerado”, e teria como imperativo a justiça social, pois o núcleo deveria se consolidar no que seria a fraternidade do homem, resultando num mundo de homens livres

[4] Protetor e principal colaborador de Karl Marx, Engels desempenhou papel de destaque na elaboração da doutrina comunista. Nasceu em 28 de novembro de 1820 e morreu em 5 de agosto de 1895. Era mais velho de nove filhos de um rico industrial de Barmen (Alemanha), é o principal colaborador de Karl Marx na elaboração das teorias do materialismo histórico.

Na juventude, fica impressionado com a miséria em que vivem os trabalhadores das fábricas de sua família.

Quando estudante, adere a idéias de esquerda, o que o leva a aproximar-se de Marx. Assume por alguns anos a direção de uma das fábricas do pai em Manchester e suas observações nesse período formam a base de uma de suas obras principais: A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra, publicada em 1845.

Muitos de seus trabalhos posteriores são produzidos em colaboração com Marx, o mais famoso deles é o Manifesto Comunista (1848). Escreve sozinho, porém, algumas das obras mais importantes para o desenvolvimento do Marxismo, como Ludwig Feuerbach e o fim da filosofia alemã, Do socialismo utópico ao científico e A origem da família, da propriedade privada e do Estado

[5] Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Voltou para Paris, mas assumiu logo a chefia do Novo Jornal Renano em colônia, primeiro jornal diário francamente socialista.

    Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e o fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi para Paris e daí expulso, para Londres, onde fixou residência. Em Londres, dedicou-se a vastos estudos econômicos e históricos, sendo freqüentador assíduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre política exterior, mas sua situação material esteve sempre muito precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester em boas condições financeiras.

    Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção. Em 1867 publicou o primeiro volume da sua obra principal, O Capital. Dentro da I Internacional encontrou Marx a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin, e em 1872, no Congresso de Haia, a associação foi praticamente dissolvida. Em compensação, Marx podia patrocinar a fundação, em 1875, do Partido Social-Democrático alemão, que foi, porém, logo depois, proibido. Não viveu bastante para assistir às vitórias eleitorais deste partido e de outros agrupamentos socialistas da Europa (FONTE  Wikipédia)

[6] Rerum Novarum – sobre a condição dos operários (em latim Rerum Novarum significa “Das Coisas Novas”) é uma encíclica escrita pelo Papa Leão XIII a 15 de Maio de 1891. Era uma carta aberta a todos os bispos, debatendo as condições das classes trabalhadoras. Wilhelm Emmanuel von Ketteler e Edward Manning tiveram grande influência na sua composição.

A encíclica trata de questões levantadas durante a revolução industrial e as sociedades democráticas no final do século XIX. Leão XIII apoiava o direito dos trabalhadores formarem sindicatos, mas rejeitava o socialismo e defendia os direitos à propriedade privada. Discutia as relações entre o governo, os negócios, o trabalho e a Igreja.

A encíclica critica fortemente a falta de princípios éticos e valores morais na sociedade de seu tempo e laica, uma das grandes causas dos problemas sociais. O documento papal refere alguns princípios que deveriam ser usados na procura de justiça na vida industrial e socioeconômica, como por exemplo a melhor distribuição de riqueza, a intervenção do Estado na economia a favor dos mais pobres e desprotegidos, a caridade do patronato aos trabalhadores.

A encíclica veio completar outros trabalhos de Leão XIII durante o seu papado (Diuturnum, sobre a soberania política; Immortale Dei, sobre a constituição cristã dos Estados e Libertas, sobre a liberdade humana) para modernizar o pensamento social da Igreja e da sua hierarquia. Em geral é considerada como o pilar fundamental da Doutrina Social da Igreja. Pelos sucessores no papado foi denominada de “Carta Magna” do “Magistério Social da Igreja”. (FONTE  Wikipédia)

[7] Fortemente influenciado por Georg Wilhelm Friedrich Hegel e Johann Friedrich Herbart, a abordagem de Labriola da teoria marxista era menos ortodoxa e mais aberta do que a de teóricos como Karl Kautsky, por exemplo. Ele via o marxismo não como um fim ou como um esquema autossuficiente da história, mas sim como uma coleção de ponteiros para a compreensão histórica. Era necessário que estes ponteiros fossem um tanto imprecisos se o marxismo quisesse levar em conta a complexa variedade de processos sociais e de forças atuantes na história. Segundo Labriola, o marxismo deveria ser entendido como uma “teoria crítica”, no sentido de que, para ele, não havia verdades eternas; estava pronto para abandonar as próprias idéias se a experiência demonstrasse essa necessidade.

[8] Marxista heterodoxo, fortemente influenciado pela ética de Proudhon e também por Ernest Renan, Giambattista Vico e, mais tarde, por Henri Bergson e William James, Sorel cumpriu uma trajetória política peculiar. Engenheiro, ele pediu demissão do emprego em 1892, aos 45 anos, para dedicar-se a estudos de filosofia social. Ligado ao sindicalismo revolucionário de extrema esquerda, flertou por algum tempo com a extrema direita monarquista. Admirava Charles Maurras (1910) e Lênin (1918-1922). Entre as peculiaridades do marxista francês está a preocupação com os aspectos jurídicos do socialismo e a violência, que exalta em seu livro Réflexions sur la violence (1908), mas ela é cuidadosamente distinguida da força bruta. Sorel odiava o jacobinismo, a dominação burguesa e o parlamentarismo. O outro ponto importante é o caráter de força motriz apresentado pelo mito político de Sorel. Ele é uma arma na luta política : seu sentido é mobilizar, empurrar para a ação. Esses mitos políticos, estabelece Sorel, são “conjuntos de imagens capazes de evocar em bloco e somente pela intuição, antes de qualquer análise refletida, a massa dos sentimentos” (Réflexions sur la violence). Na verdade, Sorel é um autor controverso quanto a linha política a qual adere. Suas ideias foram aceitas tanto pelo fascismo italiano (Benito Mussolini) quanto pelos comunistas deste país (Antonio Gramsci). Também influenciou os anarcosindicalistas (FONTE  Wikipédia)

Professor Artur Arantes

Com mais de 20 anos de dedicação ao ensino, Prof. Artur Cristiano Arantes é referência para alunos que desejam aprofundar seus conhecimentos em áreas fundamentais do Direito.

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