Eis-me aqui,
neste eterno, adormecido.
Ninguém lembrando,
só…
E o tempo, passando!
Quanto mais passa,
mais longe fica,
esta distância, não específica.
Daquele meu tempo,
só e perdido…
Sem lembranças,
quase esquecido,
este tempo fica…
Ninguém mais a me guiar,
talvez, nem a chorar.
Destes vinte e poucos anos passados,
só estes irmãos, de amores brandos,
a saudades, chorando…
Perdidos na lembrança,
desta vida sofrida,
resta só,
a lágrima seca da despedida…
Perdido que fiquei,
levaram-me embora….
A pedido, não chorei…
Mas, não quero lembrar mais,
da dor no peito,
do amor,
muitas vezes, não querido…
Meu Deus!!!
O que fiz?
Desta vida que não quis…
Só me resta esta esquina,
marcada para sempre,
com uma placa,
e meu nome, em cima…
Obrigado, meus irmãos.
Venham sempre, nesta esquina.
Visitar este que cumpre sua sina.
Não deixem esta flor murchar,
e nunca este AMOR apagar…
Um dia, a volta virá,
pois tenho Deus, a me guiar…
De que forma, que corpo,
não sei…
Só sei que,
no AMOR,
para sempre,
seus serei…
(Homenagem ao meu querido Irmão caçula – Francisco Carlos – morto em um acidente em 1.986)
Artur/maio/89